2 de fev. de 2011

A verdade vira certeza quando não incomoda mais. (Fabrício Carpinejar)

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E eu queria ser aquela tela laranja do seu computador. O motivo nem preciso dizer. O pouco que sobrou ainda está aqui. As sobras, mas aqui. E a verdade virou certeza. O que aconteceu foi tão real que ainda parece mentira. Mas depois do encontro de ontem no corredor, percebi que não incomoda mais.

Não sei se você enxerga as cores, se fez juras de amores e até mesmo se eram verdadeiras as dores. “A vida vai seguir, ninguém vai reparar, aqui neste lugar. Eu acho que acabou” E ninguém reparou, além de mim. Mas às vezes penso em voltar atrás... tento uma forma de reviver um passado que não existe mais. No entanto, o presente está feliz assim.

Vejo que a tela do seu computador hoje estava laranja e eu nem sei se você reparou. Uma única cor onde antes podiam se juntar cores e o brilho do sol atraindo sorrisos. Sim, antes o sol brilhava para você. Era como se você fosse à razão para aquele brilho. Hoje só está laranja e sem brilho.

Falava pouco, quase nem cantava mais e lia, muito! E ouvia também. Adquiriu com o tempo o maravilhoso dom de ouvir”. Eu estava assim, porém, estava me diminuindo, me fechando numa bolha que aceitei outro dia entrar com você. Hoje eu questiono sobre o dia ter amanhecido cinza e o sol querer aparecer. E ele vem aparecendo. Eu uso o meu chapéu só para me proteger. Mas não é do sol. São as nuvens que me lembram você.


Sinto falta de algumas coisas. O chapéu não está mais comigo. Já perdi minhas chaves. Vivo ventura em aventuras. Espero ajuda dos anjos e vivo com o pouco que sobrou. “Mas vou cantar Pra não cair Fingindo ser alguém Que vive assim de bem”. 





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