Teorias

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Hoje eu parei para pensar como as pessoas são egoístas. Como eu sou egoísta. Todos são cheios de teorias, desprendidas de preconceitos e com mil formulas para resolver seus problemas amorosos. Mentira. Tudo uma farsa. Ninguem segue nada daquilo que posta no seus blogs, nem naqueles 140 caracteres que todos acham que alguém se importa. Ninguém se importa.

As publicações são sempre para si. Amanhã ninguém vai lembrar-se do que você escreveu ou “se lembrar” é por que salvou em algum lugar e releu depois.  As pessoas são egoístas. Escrevem sem pensar em ninguém. Como li outro dia: “Ler devia ser proibido” . A gente evitaria metade dos sofrimentos (pelo menos no que se refere a amor).

O problema do outro parece sempre menor e os seus parecem impossíveis de serem resolvidos. A solução parece estar naquele último copo d’água no deserto que ninguém pode chegar perto.  Mas talvez fosse mais fácil pensar que o problema está em nós. O problema somos nós.  E daí surgiria um ponto de partida para as soluções.

Somos nós que fazemos as escolhas. Nós escolhemos onde morar, com quem dividir a vida, que amigos ter, que curso fazer ou com quem sair. Ninguém te obriga a nada. Alias, acho que faz tempo que não existe ditadura por aqui.

E antes que alguém pergunte: Não, esse texto não é uma revolta nem um desabafo de uma desilusão amorosa. Eu sei exatamente o que eu quero e quem eu quero. Os outros é que costumam não saber.  Esse texto é por estar farta de ouvir os mesmo problemas e das pessoas se acomodarem com as soluções que, aparentemente, caem do céu.  

Do céu só cai chuva. E, alias, essa chuva de hoje caiu com lembranças (ou um arquivo do passado que devia contar como experiência) e para lavar as “sujeiras” que estão por ai. Então era hora de renovar e mudar as direções por onde a água corre.